sábado, 30 de abril de 2011



Rezsendes

por Lino Resende

Origem do nome

Segundo pesquisas de historiadores e genealogistas ligados à família o sobrenome Resende tem origem geográfica, na povoação da Vila Redisindi, quinta de Resindo, em Portugal. O nome provém do alemão Residindus, formado por reths, derivado de rath – concelho – e sinths – caminho, expedição.

Estão documentadas as formas Reesendi, Reisindi [no século XIII], Reezende [no século XV], Rresende e Reseende (Antenor Nascentes, II, 261), chegando ao vernáculo português como designativo geográfico. (José Schiavo, p.10), com o derivado latino Risindi.
A família começou com D. Egas Muniz, aio do primeiro rei de Portugal, fundador do mosteiro de Carquere, junto ao qual está a quinta de D. Arnaldo Rezende, solar da família.
D. Martim Afonso de Baião foi o primeiro que usou o sobrenome de Rezende, que era senhorio de sua mãe descendente de D. Ramiro II, falecido em 950, rei de Leão) (Anuário Genealógico Latino,

A primeira vez

Segundo o genealogista Arthur Vieira de Rezende e Silva, em Genealogia Mineira, “a Família Rezende é uma das mais antigas e ilustres de Portugal. Quem primeiro usou o apelido de Rezende, tomando-o dos lugares de que era Senhor, foi Martim Affonso de Bayão”.

O uso do sobrenome Resende surgiu por volta do ano de 1030, quando Dom Rosendo Hermigiz, bisneto do 6º Rei de Leão, Dom Ramiro II (falecido no ano de 950), se estabelece em Beira Alta, Portugal, nas terras que recebeu do Rei Dom Fernando Magno, por tê-las conquistado dos Mouros. É o primeiro senhor cristão a povoar a região, que recebe seu nome (Rosendo), fundando aí a casa e a quinta do Paço, que deu lugar ao povoado. O primeiro a utilizar a forma Resende como apelido, tomando-o do nome do lugar de que era senhor, foi Dom Martim Afonso de Bayão, o de Resende, também descendente do Rei Ramiro II. Um de seus descendentes recebeu o brasão da família.

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O lugar de Rezende, localiza-se em Beira Alta, a 6 km de Lamego e a 315 de Lisboa, segundo tradição apoiada por Pinto Leal, autor de Portugal Antigo e Moderno, vem do ano de 1030 quando o primeiro senhor cristão que o povoou à região, chamado dom Rozendo Hermigis, bisneto do 6º Rei de Leão, Dom Ramiro II (falecido no ano de 950), o qual se estabeleceu em Beira Alta, Portugal, nas terras que recebeu do Rei Dom Fernando Magno, por tê-las conquistado dos Mouros”.

No Brasil

Segundo a genealogista Adriana Fernandes de Rezende, por volta de 1716, João de Rezende Costa, que residia na Ilha de Santa Maria, Freguesia de N. Srª. das Angústias, Arquipélago dos Açores, foi informado, por seu primo Miguel, que Portugal estava tentando conseguir povoadores para colonizar o Brasil, pois estava sentindo-se ameaçado pela Espanha, que polemizava a respeito das terras ao Sul do Brasil. E, para isso, estava arrebanhando voluntários, principalmente nas ilhas dos Açores, já excessivamente povoadas.

Com a recente morte de seus pais, e não vislumbrando chances de se desenvolver lá, pois os bens deixados por eles seriam insuficientes para si e um irmão casado, decidiu vir para o Brasil. Segundo a autora do livro Engenho Velho dos Cataguás, Climéia Rezende Jafet, que romanceia admiravelmente a epopéia de nossa família, uma embarcação partiu rumo ao Brasil juntando gente de Pico, Fayal e Santa Maria e, nela, estavam João, seu primo Miguel e Diogo Garcia, dentre muitos outros. Depois de 2 meses de viagem, os três decidiram que iriam para a Comarca do Rio das Mortes, nos sertões de Cataguases.

Desembarcaram no Rio de Janeiro e tomaram o Caminho Novo, atravessaram serras, o Rio Paraíba e transpuseram a Mantiqueira. Chegaram finalmente à região do Arraial Velho de Santo Antônio, assim chamado até 1718, quando foi elevado à categoria de Vila de São José del-Rey, hoje Tiradentes.

Diogo Garcia estabeleceu-se em um sítio na Freguesia de N. Srª do Pilar e João de Rezende Costa e seu primo Miguel estabeleceram-se na Freguesia de Prados, no território da então capela de Santo Antônio de Lagoa Dourada. João trabalhava duro, de sol-a-sol, e uns 7 anos após sua vinda já estava bem estabelecido. Por essa época, faleceu nos Açores, vítima de um acidente de pesca de baleias, o amigo de Diogo Garcia, Manuel Gonçalves Correia, o Burgão, deixando viúva Maria Nunes. Eram naturais da ilha do Fayal, também do Arquipélago dos Açores.

A viúva e suas três filhas, popularmente chamadas de as Três Ilhoas, por influência do amigo Diogo, decidiram vir para o Brasil, e especificamente para as Minas Gerais. E Diogo Garcia, muito triste com a morte do amigo, é quem foi ao Rio de Janeiro para receber a família e ciceroneá-la até à região onde estava instalado há 7 anos. Segundo Dauro José Buzatti, em sua obra Antigos Povoados de Minas nos Campos das Vertentes, ali chegaram por volta de 1723. Uma delas, Antônia da Graça, já era casada com Manuel Gonçalves da Fonseca.

A segunda, Júlia Maria da Caridade, casou-se, em 29/06/1724, com Diogo Garcia e a caçula, Helena Maria de Jesus, morava com esse casal. Foi quando João começou a prestar atenção na menina. Nas visitas ao amigo Diogo, falava da fazenda que crescia e do nome que lhe daria – Engenho Velho dos Cataguás, construída em 1723. Um dia Helena Maria venceu a timidez e perguntou a João o porquê do nome, ao que ele respondeu que havia encontrado, nas terras que comprara e cultivava, duas pedras encaixadas sobre uma maior que tinha a forma de cuia e que imaginou ser um moinho ou engenho para fazer farinha de milho ou de mandioca. Por isso o nome da fazenda.

Helena começou a admirar aquele homem tão sensível que não se envergonhava disso. Pouco a pouco seu interesse foi crescendo, ao ver a vontade e o vigor com que ele se atirava ao trabalho, ao cultivo da sua terra. E ele, sem notar de imediato, apegava-se à moça loura, cujos olhos verdes lhe passavam doce mensagem de apreço.
E, numa manhã ensolarada, de 03 de outubro de 1726, casavam-se João e Helena, conforme esta certidão. Portanto, em 3 de outubro de 1726, surgia a família Rezende no Brasil e adotou a cidade de Lagoa Dourada como seu berço. E dali ela espalhou para todos os quadrantes do Brasil.

A família Res(z)ende (com S ou com Z, não importa) contribuiu decisivamente para o desenvolvimento do Brasil, através de atividades urbanas e rurais, mas predominantemente nas rurais se pontificando, tomando por base as fazendas que adquiriram com honestidade, trabalho

LINKS

PARA “RESENDE”

Câmara Municipal de Resende

Informações sobre o Concelho e suas vilas, com um bom album de fotos que mostra a cidade e a região de onde a família vem.

Dados na Wikipedia, em Português

Família Reszende

Várias informações sobre o nome e sobre as origens da família

Bom Destino – Abreu, MG

Informações sobre a família e sua origem

fonte: http://linoresende.jor.br/rezsendes

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